segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A Soberania de Deus - PARTE II

Até então, vimos alguns exemplos que a Bíblia nos mostra que comprovam a existência de um DEUS soberano em nossas vidas. O apóstolo Paulo dedica alguns capítulos, em sua carta aos Romanos, para tratar sobre esse assunto ao povo de Israel. Em A Soberania de Deus - PARTE I, aprendemos que o nosso Deus não falhou em sua promessa, pelo fato de dizer que "nem todos os de Israel são, de fato, israelitas" (9:6). Os judeus - que se gloriavam por serem "guia de cegos, luz dos que se encontram nas trevas" (2:19) e por pertecerem aos "oráculos de Deus" (3:2) - esqueceram que "tanto o judeu como o grego estão debaixo do pecado" (3:9).
 

Nesse estudo, iremos continuar a apresentar algumas outras situações em que o SENHOR mostra a sua soberania aos seu filhos.

2. Deus Não é Injusto, mas Soberano (vs. 14 - 18)

 
“Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus?” (v. 14). O apóstolo Paulo citou algumas situações nos versículos anteriores que podem gerar algumas interpretações erradas. Será que o fato de Deus escolher a Jacó ao invés de Esaú não O torna injusto? Eles nem mesmo haviam nascido ainda! A resposta de Paulo é bastante enfática: “De modo nenhum!” (v. 14). Acima de tudo, o argumento que podemos usar para combater esse tipo de pensamento é o fato de que o nosso Deus foi, é e sempre será justo.

“Deus é fidelidade e não há Nele injustiça; é justo e reto.” Dt 32:4b
Deus não pode cometer atos de injustiça, isso não faz parte de Sua natureza divina. Os outros argumentos são tratados pelo apóstolo Paulo posteriormente.

Primeiro, ele faz referência a uma situação onde Moisés roga a Deus para que lhe mostre a Sua glória. O próprio Deus responde, dizendo: “Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão” (v. 15; Êx 33:19). Moisés, um homem escolhido por Deus, não recebeu uma resposta positiva a um pedido pessoal. Não há nada que o homem possa fazer que altere, de alguma forma, a vontade ou os planos de Deus. Isso pode ser aplicado também ao caso dos judeus, que acreditavam que Deus tinha obrigação de cumprir a promessa da forma como eles pensavam que era.

“Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.” Rm 9:16
O homem não tem condições de mover o coração de Deus. Ele é o Rei dos Reis, o SENHOR dos Senhores. Cabe a Ele decidir soberanamente sobre quando e como usar os seus atributos divinos para com os homens.

A seguir, o apóstolo cita um personagem bastante conhecido de todos nós: o Faraó. Sabemos que o povo hebreu estava sendo dominado pelos egípcios; e que Deus enviou a Moisés para resgatá-los de tal escravidão; e que “o SENHOR endureceu o coração de Faraó” (Êx 9:12), mesmo apesar de todas aquelas pragas. Mas algo que muitos de nós não compreendemos é qual foi o propósito de Deus nessa situação.
“Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o Meu Nome seja anunciado por toda a terra” (v. 17).
Um dos aspectos da soberania de Deus é justamente mostrar a Sua glória. Deus age de forma ordenada e precisa para que o Seu nome seja exaltado entre as nações – e foi exatamente para isso que fomos criados: “a fim de sermos para o louvor da Sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo” (Ef 1:12). Somos apenas um instrumento nas mãos do Criador, assim como o próprio Faraó o foi. Muitas vezes a íntima relação paternal que temos com o nosso Deus nos faz esquecer de Sua eterna superioridade e de Sua grandiosa majestade.

REFERÊNCIA
PADILHA, Washington. Exposição da Epístola aos Romanos. Editora Batista Regular, São Paulo, 1989.

Um comentário:

  1. É...precisamos lembrar continuamente da Soberania de Deus, senão somos tentados a resolver situações que não são nossas atribuições resolvê-las. A finalidade da vontade de Deus é, e, sempre será a Sua Glória...
    Abração ....Iguinho

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